Cristãos correm riscos como maiores adeptos do TelexFree, explica economista

 



  Na última segunda-feira, 20, a TV Novo Tempo exibiu no jornal NT Vale uma reportagem especial sobre a mais nova e popular empresa do ramo multinível do País: a TelexFree. A reportagem esclarece riscos sobre investir em produtos da empresa, que preveem “dinheiro sem esforço”, insustentabilidade de negócio, lucros para quem está no topo, baseado em injeções de dinheiro dos recém adeptos do sistema – o que caracteriza um suposto caso de economia de pirâmide (no Brasil, crime contra a economia popular e induzimento a especulação – art 174 do Código Penal). A empresa está sendo investigada pela prática abusiva que pode causar prejuízos a milhares de brasileiros em um curto período de tempo. Atualmente, 66% dos investidores TelexFree estão no Brasil.

     Um dos entrevistados da reportagem especial é doutor em finanças da Universidade Federal de Pernambuco, Pierre Lucena. Em entrevista feita para a Novo Tempo pela equipe de reportagem da APe, o economista, que declara em seu blog pessoal claramente que a “TelexFree é uma pirâmide”, ressalta um perigo para o meio cristão. Segundo ele, é dentro das igrejas que esse negócio tem se espalhado com maior intensidade, o que pode causar prejuízos ainda maiores para os brasileiros: “Dentro das igrejas o poder de influência é enorme. As relações de amizade, de confiança de um irmão para com o outro facilita o processo de incluir novas pessoas nesse sistema, que não vai demorar muito a cair. O mesmo aconteceu no ano passado com o Mister Colibri, e tantos perderam 2, 3, 8 mil reais, e por aí vai! Por isso, cuidado!”, alerta o economista.  

Ganhos e enganos da TelexFree

     A TelexFree propõem compra de planos de ligação telefônica pela web. Para ganhar dinheiro com o produto, é preciso que o comprador faça a divulgação dos pacotes em sites gratuitos ou seja um revendedor de plano – o que garante maiores lucros, pois parte do lucro ganho com novos usuários é destinado ao fornecedor desse pacote. Quem compra o produto mais barato, chega a ganhar 20 dólares por semana com a divulgação dos planos. Os que investem mais, podem chegar a lucrar 10mil dólares por ano, a cada pacote comprado.

    O maior risco da prática, segundo o economista Pierre Lucena, é justamente, que o número de novos adeptos se torne menor do que a quantidade de usuários já existentes no sistema, o que faz a primâmide ‘cair’: “Alguns dizem que não dura mais que um mês”, ressalta o doutor em finanças. O contrato da TelexFree com os compradores tem duração de um ano e não prevê, em clausuras, os valores, como citados acima, como forma de pagamento pela divulgação do produto em sites. No contrato também não há nada que assegure os compradores que o dinheiro investido está assegurado ou pode ser reembolsado.
Assista o vídeo da reportagem AQUI!!


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